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Questão 1

Revelida 2017

Uma mulher com 23 anos de idade comparece à consulta com seu médico na Unidade Básica de Saúde 5 semanas após o nascimento do primeiro bebê. Tem história prévia de depressão maior grave no final da adolescência, com duração de cerca de um ano e remissão espontânea. Neste momento, relata sentir-se muito culpada, vazia e com baixa autoestima, especialmente por estar com dificuldades em lidar com o bebê. Informa que a gestação não foi planejada e que não tem apoio da família. Ao ser questionada, afirma estar triste quase todo o tempo nas últimas 3 semanas, que não consegue dormir, mesmo quando o bebê descansa, e que sente muita irritabilidade, fadiga e diminuição do apetite. Nesse caso, o diagnóstico e a conduta adequada para a paciente são, respectivamente,

​

(A) psicose pós-parto; prescrever antipsicóticos.

(B) transtorno afetivo bipolar; indicar psicoterapia e estabilizador do humor.

(C) melancolia pós-parto ou “baby blues”; convocar a família da paciente e dar orientações pertinentes.

(D) depressão pós-parto; indicar psicoterapia e/ou prescrever inibidor seletivo da recaptação de serotonina.

Questão 2

Um homem com 65 anos de idade encontra-se internado no hospital, no pós-operatório imediato de uma herniorrafia inguinal à direita. Seus exames pré-operatórios apresentaram-se sem alterações. Às 2 horas da madrugada, a técnica de enfermagem recorre ao médico plantonista, pois o paciente é encontrado nu, recusa-se a colocar novamente as roupas, fala coisas sem sentido e não reconhece familiar que o acompanha. Sua cirurgia foi realizada na manhã anterior, sem intercorrências, tendo ele recebido meperidina após o procedimento cirúrgico e metoclopramida devido a náuseas. Não se alimentou o dia todo e, ao exame físico, não se apresentaram alterações. O exame do seu estado mental mostra desorientação; ele não atende pelo nome e não sabe onde está, além de estar hipotenaz e um pouco sonolento. Diante desse quadro, o médico plantonista deve:

 

 (A) prescrever um benzodiazepínico endovenoso para a sedação do paciente e avaliar complicações pósoperatórias.

(B) avaliar a necessidade das medicações em uso, colocar o paciente em um quarto com boa iluminação e prescrever-lhe um antipsicótico, se constatada agitação psicomotora.

(C) conter fisicamente o paciente e iniciar sedação com midazolam endovenoso, enquanto aguarda avaliação psiquiátrica.

(D) manter conduta expectante, dado que esses quadros regridem espontaneamente em poucas horas, e prescrever um benzodiazepínico, se constatada agitação psicomotora.

Questão 3

Uma mulher com 38 anos de idade procurou atendimento em Unidade Básica de Saúde (UBS) por apresentar, há 4 meses, ganho de peso, fadiga, sonolência excessiva e irritabilidade. A paciente relata sentir-se muito triste, desanimada e com baixa autoestima. Ao exame físico apresentou frequência cardíaca = 58 bpm, pele seca e áspera e edema palpebral bilateral. Os demais aspectos do exame físico estavam inalterados. Os resultados dos exames solicitados indicaram dosagem sérica do hormônio estimulante da tireoide (TSH) = 34 mUI/L (valor de referência: 0,45 a 4,5 mUI/L), tendo sido repetidos e confirmado o resultado, tiroxina sérica (T4 livre) = 0,3 ng/dL (valor de referência: 0,7 a 1,8 ng/dL). Diante desse quadro, foi iniciado tratamento com levotiroxina 100 mcg/dia. Após 6 semanas, foi solicitada a repetição dos exames com os seguintes resultados: TSH = 2,5 mUI/L e T4 livre = 1,2 ng/dL. Nessa ocasião, a paciente referiu melhora quase completa dos sintomas apresentados. Cinco meses depois, essa paciente volta à UBS para consulta expondo a suposição de que a tireoide piorou de novo. Afirma estar tomando corretamente sua medicação. Novos exames realizados nessa ocasião indicam TSH = 2,3 mUI/L e T4 livre = 1,2 ng/dL. Questionada, a paciente informa apresentar muita tristeza, desânimo, falta de concentração e fadiga. Ao exame físico, constata-se que não houve ganho de peso e que não há alteração na tireoide da paciente. Nessa situação, a conduta adequada é:

 

(A) informar à paciente que o seu quadro clínico é compatível com tireotoxicose e que a dosagem do seu medicamento deverá ser reduzida; agendar retorno em 6 meses para reavaliação de TSH.

(B) informar à paciente a necessidade de aumentar a dose de levotiroxina até a resolução completa dos sintomas, independentemente dos valores de TSH e T4 livre; agendar retorno em 6 meses para reavaliação de TSH.

(C) fazer a avaliação para transtorno depressivo como diagnóstico diferencial e, caso confirmado, discutir o início de tratamento para essa nova comorbidade; manter acompanhamento dos níveis séricos de TSH.

(D) informar à paciente que, mediante os indícios de que a terapia com levotiroxina não está sendo efetiva, faz-se necessário estender a investigação, procedendo-se à realização de biópsia da tireoide com agulha fina.

Questão 4

A figura abaixo representa as fases da Influenza Pandêmica de 2009 estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, a fase de alerta pandêmico para H1N1 é a de pós-pandemia.

Considerando a figura e as informações apresentadas, assinale a alternativa correta sobre o estado de preparação e resposta à pandemia de H1N1.

 

(A) Na fase 3, a transmissão direta de pessoa a pessoa do vírus recombinante já é suficiente, segundo a OMS, para sustentar surtos em comunidades.

(B) Na fase 4, a OMS realiza o desenvolvimento e a distribuição de insumos voltados para a produção de vacinas específicas para controle da pandemia.

(C) Na fase 5, a maioria dos países está sob risco de ocorrência dessa doença e, por essa razão, ela é considerada como pandêmica pela OMS.

(D) Na fase 6, a OMS agiliza todo o processo de revisão da disseminação do vírus, por meio de transmissão direta, para controle da pandemia.

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